sábado, 21 de julho de 2007

Allegro

Nada respira como antes.Vejo a janela se acender,o fogo arde,mas nem dá tempo.Eu vi o sonho esmoecer,eu vi um sonho.Eu vi a luz no fim do tunel,uma bala vindo na minha direçao.É só o fim,nada demais.Ninguém é tão bom que nao possa morrer vez ou outra.Ninguém é tão ruim que mereça viver eternamente.Ah, deixa essa fúria toda escoar,deixa a chuva levar.Deixa a chuva.Eu vi o futuro por cima de um muro de hipocrisia,o futuro morreu.Não a hipocrisia.Eu liguei a t.v.Tava lá em cores,a esperança foi internada.Ninguém visitou.Fecharam a enfermaria,liberaram os médicos,demitiram as enfermeiras.Nada respira como antes.O fogo arde.Foda-se.Ninguém é tão bom que nao possa se foder numa noite qualquer.Ninguém.Eu vi o passado,amor.Ele tá aqui agora,tá bem aqui.Olha lá.Abre a porta,deixa o passado entrar.Não queremos que ele pule a janela,que entre pelos fundos.Vejo a janela se acender,o fogo arde,mas nem dá tempo.É só o fim,nada demais.Nada mais.

Um comentário:

Marcela disse...

Talvez o passado seja algo pra ser lembrado em uma noite de outono qualquer. Só isso.
:*