terça-feira, 29 de julho de 2008

Eventualmente,sim

Deixo o sol levar os anseios e expectativas
Deixo o verão passar ao lado com a força de mil cavalos no peito
O sermão que eu ouvia por morrer sempre as sextas e renascer aos domingos
Os santos que eu vi pecar quando não existe pecado me dizem adeus
Os olhos da maldade estão fechados,o sinal também
Falta um ar de lucidez na janela do quarto da alma exposta
Falta um cinzeiro na mesa do centro da sala
Tanta gente hoje descansa à beira da estrada por onde eu passo que
É especialmente gritante a linha que corta o desespero e a redenção
E eventualmente eu vou voltar a errar por querer e mentir de propósito
O vento é amigo do relógio,andam de maõs dadas entre ruas e carros
Me disseram que você andou dizendo coisas que você não diria
Fazendo coisas que não faria,abrindo a porta a estranhos que vão te possuir
A nossa juventude já lá se vai,dia após dia,segundo a segundo
Mas depois de muito tempo nós entenderemos o que as paredes do meu quarto diziam

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