domingo, 20 de janeiro de 2008

Poema aos olhos do meu bem

Os olhos do meu bem,ah!vou lhe dizer uma coisa,amigo,
Não são assim como esses que a gente encontra em qualquer arpoador
São de uma pureza quase imaculada e de malícia tamanha
Que ante o fitar inevitável eu peço a Deus que me abençoe
Os olhos do meu bem são verdes como o azul do mar
Me dá uma tristeza enorme ver os navios partindo
E eu vou ficando só,comtemplando de longe a beleza
De uma simplicidade religiosa e um despudor que afoga
Os olhos do meu bem são uma confeitaria francesa
Libertinos e ecumênicos ,eu te digo à exemplo
Possuem uma lentidão inóspita que desatina o espectador
E uma felicidade tal qual a defloração de um sonho inesperado
Os olhos do meu bem são duas montanhas renegadas
Duas espadas furtivas penetrando a lua cheia
Gotas de água caindo de uma folha sobre a boca úmida
São,sim! e como são, dois poemas de amor oferecidos
Os olhos do meu bem são duas certezas,ambas duvidosas
Um abismo e uma corda separando o ponto e o fim
São dois mendigos castos santificados em verdade
Santos que descem e cortam o fio transparante da razão
E eu não posso entrar muito em detalhes, amigo,
Ou apaixonaria-se por eles igualmente
E a morte viria certamente sobre um de nós
Em duelo como há muito nunca se dará a ver
Porque devo dizer-lhe, e de fato o farei,
Não há nada sob o céu ou sobre o mar
Que se compare seja por vista ou por gosto
Com a paz que emana dos olhos do meu bem

Um comentário:

Nadine Bagshot disse...

"os olhos do meu bem são VERDES como o AZUL do mar"

¬¬