quarta-feira, 14 de maio de 2008

Poema da despedida

És uma dama devassa,senhora saudade,
Já amaste a tantos antes e depois
de me roubares o fogo da alma e da fé
Antes de me matares com os braços que não tens
E de mentir-me tantas e tantas vezes
Foste vil e infiel,senhora saudade,
e me levas o peito em procisão pelo passeio
E pisas forte sobre o coração há tanto entregue
Floreado nos invernos mais frios e distantes
foi meu amor por ti,senhora saudade,e
agora resta-me o destino dos miseráveis
Dei-te a pérola mais rara dos mares esquecidos
e os abraços mais quentes em tempestades de neve
Fugi do mundo pra te encontrar sozinha sob o véu
das nuvens que jazem felizes na imensidão
Dei-te horizontes e livros e centenas de poemas
e foste tão severa,senhora saudade
Peço assim que não julgues mal,mas não acho que o faria
Diante de um infinito de agonia
não vejo saída senão escrever-te a pedir perdão
pela carta que escrevo dizendo que vou morrer

Um comentário:

Anônimo disse...

Poxa, me lembrou muito uma parte do livro 'V de Vingança'!
Depois te mostro!
Primeira qualidade como sempre ;)
Grande beijo!